Ele estava lá.
Como ontem, anteontem...
No mesmo morrinho de terra.
Olhando para todos os lados.
Quando observo esse homem tenho
dificuldades de perceber os olhos.
Aquele brilho apagado, cinza.
Remetendo a prisão.
Olhos gradeados dentro de si mesmo.
Parecem passarinhos presos por toda a
vida entre quatro grades.
Ele e eles sabem exatamente o tamanho,
a estética e cada cantinho do seu espaço.
É preso. Porque preso?
Enlaçados nas suas memórias,
sentimentos...
Um olhar gradeado.
A sua liberdade pode está próxima.
Aquela que vem junto e liberta do seu
corpo e memória de uma vida dura.
Ele morre e liberta-se.
Quem sabe um dia?
Escrita dia 26 de Abril de 2012 na aula
de letramento e alfabetização. FACED-UFC Fortaleza-Ceará
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