Foto: Elitiel Guedes
E ele sentava ali todas as tardes.
Para perguntar, sentir e até ouvir os conselhos severos de um turbilhão de águas.
Naquele pedaço de madeira era o espaço de contemplação das crianças que vivem do mar. Porque não tem o amar muitas vezes de sua família.
E pode até ser que aquele homem não pense o que estou imaginando.
Simplesmente pense o quanto é bom depois de vários anos de sol, chuva e trabalho permanecer em cima da pedra ou no banquinho esperando qualquer coisa acontecer.
E pode ser uma briga, um sorriso, uma conversa...
Aqueles cabelos grisalhos e o seu olhar para o mar, representam o olhar daqueles índios urbanos
Que saciam a sede da sua ancestralidade na energia das águas salinas e lá ele permanece a olhar.
E lembrar que no outro dia ele estará com o olhar ao mar esperando a morte chegar...
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