21/06/2010

Tambor de Fogo

O balanço do cabelo
No ritmo do toque.

O som do tambor acompanha
O movimento das mãos.

Transforma-se em fogo
A luz pega o rosto
Mostrando o quão frenético é
A mistura afro-branco...

O tambor segue
Nos caminhos etno-culturais da arte.

O filho do tambor de fogo
É acompanhado pelo olhar de uma mulher...

Olhar de trovão!

E o fogo é apagado
Quando as luzes do palco se fecham
Mas o tambor de fogo ainda continua ali
Estático
Esperando a sua chama acender
Quando as cortinas o revelarem.

3 comentários:

aL disse...

O calor do tambor o faz desejar..
O fogo do desejo a revela!

Ediane Soares disse...

parece que a gente ouve a batucada
ao ler esse poema surdo, atabaque, agogô, afoxé, carrilhão, xequerê...

A cena toda aparece...
palavra por palavra!
É uma batucada inteira pegando fogo!
Fogo pra aquecer e iluminar...

Fogo pra poetisar...

Saravá! Awerê!
Oxalá a inspiração seja plena de muitos batuques...

Gra. disse...

eitaaaaa mah!